quinta-feira, 19 de março de 2009

"O mundo girando e a gente parado..."
Era o que o grande Raul cantava quando cheguei em casa... Enfim em casa, depois de um longo percurso. Mais de uma hora e meia. Um ônibus. Desço. Ando quase 10 minutos. Outro ônibus. Ao longo do caminho deixei minha cabeça pender na janela e divagar... quase que em torno do nada... idéias vagas, planos, lembranças. Contudo, no segundo ônibus, quando menos esperei estava com os olhos marejados. Argumentei comigo mesma: "é o cansaço". Ele costuma me deixar triste... mas embora ele estivesse presente, seria injusto responsabilizá-lo. Era uma confusão de imagens jogadas em minha mente... situações delicadas do dia-a-dia, perdas antigas, feridas já cicatrizadas, dúvidas de caminhos a serem escolhidos no futuro, medo do que a vida me reserva, algo pedindo atenção... Até que algumas lágrimas teimosas resolveram dar um passeio... escapulindo, ignorando o ambiente público... Mas não as recrimino (apenas evito), pois o tal ambiente público as ignoram. Não interessa que a maior dor nos acometa. Ou que o coração se encontre partido em mil estilhaços... o mundo lá fora é indiferente. Não consola. Não retarda seu ritmo. Sequer nota. Apenas nos faz parecer menores...

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