Faz 20 anos que o grande Raul nos deixou... E desde muito pequenininha, já assistia trechinhos de especiais em sua homenagem, e tinha certeza que aquele maluco era uma simpatia! A primeira música que aprendi (Gita), era trilha de novela. Apenas anos mais tarde, na adolescência, me reaproximaria de seu trabalho, admirando e me achando em suas letras... me ensinando a perder o "Medo da Chuva", a graça de "Como Vovó já Dizia", as verdades de "Cowboy Fora da Lei" e "Al Capone", os sonhos de "O Dia em que a Terra Parou", o espiríto hippie de "Viva a Sociedade Alternativa", a sacudida de "Ouro de Tolo"... e me encantaria novamente! E percebê-lo frágil e humano nas angústias, sonhos malucos, alegrias genuínas e aventuras irresponsáveis relatadas no "Baú do Raul" (seu diário), só me reafirmaria ainda mais sua genialidade...
"Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"
"A saudade é uma parafuso
que quando a rosca cai
só entra se for torcendo
porque batendo não vai.
Mas quando enferruja dentro
nem distorcendo sai."