domingo, 23 de agosto de 2009


Faz 20 anos que o grande Raul nos deixou... E desde muito pequenininha, já assistia trechinhos de especiais em sua homenagem, e tinha certeza que aquele maluco era uma simpatia! A primeira música que aprendi (Gita), era trilha de novela. Apenas anos mais tarde, na adolescência, me reaproximaria de seu trabalho, admirando e me achando em suas letras... me ensinando a perder o "Medo da Chuva", a graça de "Como Vovó já Dizia", as verdades de "Cowboy Fora da Lei" e "Al Capone", os sonhos de "O Dia em que a Terra Parou", o espiríto hippie de "Viva a Sociedade Alternativa", a sacudida de "Ouro de Tolo"... e me encantaria novamente! E percebê-lo frágil e humano nas angústias, sonhos malucos, alegrias genuínas e aventuras irresponsáveis relatadas no "Baú do Raul" (seu diário), só me reafirmaria ainda mais sua genialidade...



"Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"



"A saudade é uma parafuso

que quando a rosca cai

só entra se for torcendo

porque batendo não vai.

Mas quando enferruja dentro

nem distorcendo sai."

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